quinta-feira, 25 de fevereiro de 2016

A Origem do Shooting



Meu nome é Alvin Torres, 23 anos. Desde pequeno sempre fui aficcionado por super-heróis. Os dos Estados Unidos: Super Power, Shadow Mask, Major America, Rapaz-aranha... E os brasileiros: Asteróide, Raio Cinzento, Apogeu, Tecnopata...
 Ficava imaginando como devia ser divertido a vida de super-herói e dividia esse meu sonho com todos no meu canal no Youtube.


 Certo dia, a multinacional GEAR, que promove a luta pela paz no mundo todo, abriu uma espécie de concurso, onde os participantes deveriam passar por uns testes para ver a aptidão para despertar o Dunamis, a energia que dizem existir nas pessoas e que, quando desperta, dá poderes. Eu me inscrevi e, após muitos testes, eu fui rejeitado. Fiquei muito triste.
 Entretanto, alguns meses depois, comecei a sentir um formigamento nas mãos e descobri que era capaz de disparar rajadas de energia pelos dedos.
 Decidi me tornar um super-herói. E, por causa do poder que despertei, eu me chamaria Atirador. Com uns trecos que comprei em lojas de objetos usados, montei a minha fantasia.
 Nos dias que se passaram, consegui pegar alguns criminosos, mas nada que me fizesse ser notado pelas pessoas. Mas o que importava era que eu estava fazendo o que sempre quis.
 Eu divulgava as minhas ações nos meus vídeos, mas sem contar que eu era o Atirador.
 Pouco tempo depois, encontrei o meu primeiro super-vilão, que não foi nem um pouco digno: era um maluco chamado Carnegão, que tinha o poder de transformar o sangue das pessoas em pus, apenas com o toque (blerg!).
 Não sabia se ele trabalhava pra alguém, mas eu tinha que detê-lo, pois estava atacando as pessoas aleatóriamente nas ruas.


 Nós lutamos e por pouco consegui escapar de seus ataques mortais. Acertei um raio no seu casaco, que deixou cair um pedaço de papel.
De repente, uma voz começou a sair da cabeça dele, e não era ele falando, dizendo coisas em ingles. O Carnegão pára e foge, correndo muito rápido. Não pude alcançar.
 Ao voltar ao local da luta, peguei o papel que havia caído no chão. Notei que tinha um endereço nele, de Nova York, Estados Unidos. Eu não podia deixar o meu primeiro super-vilão escapar. Tinha que dar um  jeito de ir atrás dele. Precisaria usar as minhas economias, que eu guardava no banco.
 Duas semanas depois eu consegui ir até o meu destino e, após três dias, achei o endereço escrito no papel. Era uma construção não muito grande. Parecia uma pensão. E, não precisei esperar muito para ver aquele a quem eu procurava sair do local.
 Trajando um casaco parecido com o que usava quando me enfrentou no Brasil, o Carnegão parecia apressado, enquanto olhava para os lados, preocupado.
Me troquei rapidamente para Atirador, esperando algum confronto, mas, quando olhei, ele ja tinha sumido.
Pra minha surpresa, pouco depois, o Super Power desceu do céu em minha direção. Meus olhos brilharam ao ver o maior super-herói de todos os tempos na minha frente.


Ele disse que me viu lá de cima e, como não me conhecia, veio falar comigo, pra saber se precisava de ajuda. Consegui arranhar no inglês algumas frases, o suficiente pra poder conversar com ele.
Disse me chamar Shooting e que procurava um criminoso que fugiu do Brasil. Acho que ele me entendeu, pois disse que iria me acompanhar. Pela minha descrição, ele disse ter acontecido casos parecidos em outros países, que o deixaram intrigado. Eu tenho mais facilidade pra entender quando alguem fala em ingles do que pra falar.
Seguimos o seu rastro e conseguimos encontrar o local onde ele tinha ido, um armazém afastado da cidade. Ao entrar, percebemos que o Carnegão não estava sozinho: o Professor Laser, um cientista feito de energia e antigo inimigo do Super Power estava com ele.


O Professor Laser nos conta que havia descoberto uma cura definitiva para as doenças relacionadas ao mosquito Aedes Aegypti e criou o Carnegão, que seria um de seus andróides para obrigar os outros países a comprar essa cura por uma fortuna.
Em seguida, ele manda outros de seus andróides nos atacar, mas conseguimos vencê-los rapidamente.
Quando o Professor Laser tentou fugir, eu disparei um raio nele, que o nocauteou.
O Super Power o levou à cadeia e logo depois se ofereceu para me levar de volta ao Brasil, que eu prontamente aceitei.
Quando chegamos, uma equipe de TV estava fazendo uma reportagem no local e nos viu chegando. Foi um alvoroço. O maior super-herói da Terra trazendo um super-herói brasileiro qualquer, foi o suficiente para que eu me tornasse o centro das atenções.
Todos queriam sabem quem eu era, e eu apenas respondi: " meu nome é Shooting!"


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